Metas financeiras motivam os colaboradores?

06/03/2021

Você se vê animado se seu líder direto disser em uma reunião: "Lembro a todos que vocês são a engrenagem principal de processo seu objetivo principal é atingir nossas metas financeiras"?

É difícil imaginar, mesmo tendo um perfil mais econômico, que alguém possa sentir orgulho que seu trabalho seja reduzido a um resultado financeira. Embora este questionamento possa ser exagerado, não está muito longe da comunicação que ouvimos diariamente em algumas organizações.

Quando estamos em momento de crescimento, ou de sobrevivência, em uma organização é natural que os líderes enfatizem que a importância do desempenho financeiro é crucial, é claro. Mas fazer dos números a peça central de sua narrativa de liderança é um erro caro. Os resultados financeiros são, e sempre serão, um "resultado", não um motivador raiz para o desempenho dos funcionários.

Relatos de consultorias mundiais mostram que uma ênfase exagerada nas metas financeiras acaba desgastando o moral de uma equipe e mina a estratégia de longo prazo. Quando um líder gasta a maior parte de seu tempo com uma comunicação agressiva do tipo "faça os números de qualquer modo", isso cria um relacionamento com um pensamento transacional com seus colaboradores, entre as equipes, entre as unidades, e com seus clientes.

Em nossos encontros e treinamentos lembramos que o engajamento dos colaboradores é a força vital para o sucesso de uma organização. O que seus colaboradores pensam, sentem e acreditam sobre sua organização e seu próprio trabalho, direciona seu comportamento para que o resultado seja um sucesso ou fracasso.

Os líderes transformadores devem usar seu tempo com suas equipes para desenvolver a crença no propósito organizacional , no valor intrínseco do trabalho dos funcionários e no impacto que as equipes têm sobre os clientes e entre si.

Mas como desenvolver esta crença?

1. Avalie o "tempo" que gasta como líder com sua equipe.

Alguns executivos trabalham com a distribuição de uma divisão de 50/50, gastando pelo menos metade do tempo no desenvolvimento da crença no significado e no impacto externo do trabalho, e metade em métricas internas e resultados finais.

2. Discuta com seus colaboradores individualmente e seja específico:

Quanto mais o colaborador tiver clareza e compreender seu impacto direto no resultado do setor e da empresa, maior será a probabilidade de ele ir mais longe.

3. Resista ao uso generalizado do "Minha equipe sempre bem informada".

É comum ver nas organizações líderes, bem-intencionados, para manter sua equipe informada, repassam tudo o que diz respeito ao desempenho financeiro da organização. Mas quando jogamos um monte de números. Os colaboradores geralmente são deixados por conta própria para descobrir como seus comportamentos diários podem ajudar para os levarem ao encontro de tais resultados divulgados. Acaba em muitos casos sendo confuso e desanimador.

O especialista em inteligência emocional Daniel Goleman afirma: "A principal ação da liderança é direcionar o seu foco, sua atenção. Em vez de focar somente nos relatórios financeiros, pense sobre para onde deseja direcionar a atenção de sua equipe.

Decida o que compartilhar e o que não compartilhar, perguntando a si mesmo: O que minha equipe precisa saber, pensar e agir diariamente para atingir esses objetivos? Como quero que eles se comportem com os clientes e uns com os outros? Centre 100% sob o que está sob controle de sua equipe: sua mentalidade e seu comportamento.

Boa sorte.