EU NÃO ABRIREI MÃO. NÃO PODEMOS PARAR O FUTEBOL.

24/03/2021

Esta semana ouvi cópia de uma videoconferência de uma reunião do presidente da CBF com alguns presidentes de clubes de futebol para falar da continuação do campeonato brasileiro paralisado pelo programa de contenção de infecções da COVID-19. 

Um trecho me chamou atenção que me fez ficar em espanto: Presidente da CBF - "As pessoas em casa sob bandeira vermelha, sob bandeira preta... eu não abrirei mão a não ser sob doutorado dos senhores de deixar de jogar as competições nacionais e retirar nas internacionais e incorporará as Estaduais. Então, por gentileza, vamos pensar agora: nós podemos parar o futebol? A Rede Globo não quer. Ninguém quer (parar o futebol), seus patrocinadores não querem. E se parar sabe quando nós temos a segurança de dizer que a gente pode voltar? Nunca. No dia que o Governador Mauricio disser que pode. No dia que o Prefeito de São Nunca disser que pode. Eu não vou estar a mercê de nenhum deles. Eu vou.... Eu vou mandar no futebol brasileiro e vou determinar que vai ter competição e que vocês estão f****** se não tiver (competições). Eu assumo o ônus de todos vocês." Ao ouvir este trecho, para mim, fica visível que este fato no futebol é reflexo da situação que vivemos no Brasil: Crise de liderança. a CBF, Rede Globo e patrocinadores, acreditam estar acima das leis e das pessoas. O que importa é a parte financeira envolvida nos seus negócios. 

No Brasil assistimos o Presidente não liderar seus ministros e governos estaduais, que não lideram prefeituras, cada uma agindo da maneira que acha certo, cada um preocupado com a cobrança politica que receberão nas próximas eleições. Separando a questão política envolvida, transportei nossa situação atual para uma organização, para empresas que possam estar passando pelo mesmo problema, crise de liderança por líderes fracos ou inexiste.

Imaginemos agora empresas onde o Diretor Executivo passa sua responsabilidade para os gerentes gerir planos estratégicos, que repassam para os coordenadores, que repassam para os supervisores. Como seria a vida da organização dentro de um ambiente onde quem realmente deve liderar, decidir abriu mão para outros? Ou negam que estejam passando problemas que precisariam de ações corretivas. Onde cada setor interpreta o que precisa ser feito, visualizando o que seja melhor para o seu grupo. Que não conversam entre si para alinhar ações que estejam relacionadas, alinhando necessidades de todos, inclusive de clientes externos. Onde o objetivo individual é sobreposto ao objetivo maior da empresa.

Agora pense como você se sentiria trabalhando nesse contexto sem alinhamento entre as lideranças?

Qual seria, ao seu ver, o futuro desta empresa e dos colaboradores?

Pense quantas organizações e empresas podem estar passando pelo mesmo momento, independente se for uma empresa privada, publica ou familiar.

As organizações que têm sucesso em seus projetos e objetivos sabem planejar de modo eficiente, formam comitês em momentos de crises ou momentos especiais com pessoas que entendam das áreas do negócio, abrem espaços para ouvir todos, tem uma comunicação eficiente e verdadeira, e principalmente tem um líder capaz de levar sua liderança e todos da organização ao caminho do sucesso. Se seus colaboradores, não falei seguidores, acreditam na sua liderança o caminho para o objetivo tende a ficar mais viável.

Você conhece alguma empresa que apresenta situações que lembra o Brasil em sua operação?